Antes de decidir o seu país de destino, considero importante pesquisar profundamente sobre os lugares que você escolheu como possíveis, e obter o máximo de informação que puder sobre cada um deles. Quanto mais informação tiver, mais você estará preparado para enfrentar o que virá pela frente.
No meu caso, sempre pesquisei
sobre a opinião de pessoas
de diferentes nacionalidades em sites e blogs, mas meu primeiro passo hoje em
dia é me inserir nos grupos de brasileiros do Facebook. Nada melhor do que conversar
com pessoas da mesma cultura que a sua, pois estas já estão inseridas na realidade do pais
em que você pretende viver.
Obviamente opinião é
algo particular, sendo assim, cada um sente de maneira diferente a realidade na
qual vive. Você vai obter informações de pessoas que
amam o lugar ou, se tiver sorte, que o odeiam.
Infelizmente é muito dificil encontrar informações negativas na internet, pois a maioria das
pessoas irá dizer apenas o quão
são felizes e o quão são abençoadas
por estarem vivendo aquela realidade, mesmo que essa não reflita a verdade em sua totalidade. Expressar sua
insatisfação e frustração requer coragem.
Sempre digo que qualquer país tem seus pontos positivos e negativos,
porem é preciso sim ter conhecimento dos pontos negativos para saber se voce
conseguirá lidar com os mesmos. Para isso, em primeiro lugar, é importante
conhecer nossos proprios limites. Um exemplo prático: a coleta de lixo em Malta
é um sistema que não
funciona por falta de estrutura. Então, quando a ilha está lotada de turistas
e estudantes no verão, você vai se deparar com sacos de
lixo nas ruas que, muitas vezes, estão
expostos por dois dias ou mais. A quantidade tambem assusta. Para algumas
pessoas isso é um limite a ser considerado. É importante dizer que, vivendo
fora, você consegue
flexibilizar os seus limites, mas existirão aqueles que estão
cristalizados e que precisam ser respeitados. Respeitar os nossos limites é identificar
quais conseguimos flexibilizar e quais não.
No meu caso, tenho muitos limites cristalizados e muitos que consegui
manejar. Meu limite, por exemplo, é o engarrafamento. Vivi a maior parte da
minha vida na cidade de São
Paulo e tive a dose suficiente de engarrafamento da minha vida. Agora vivo em
Malta que, para mim, é uma mini São
Paulo completamente congestionada nos horários de pico. Ônibus lotados, um carro em média por
cidadão, ruas estreitas.
Pois bem, soube que Malta teria este problema antes de vir, mas não tinha idéia da gravidade da
situação por não ter uma informação especifica na internet sobre
o quão caótico é o esquema
aqui.
Minha vida em Malta também me ensinou a pesquisar com muita atenção a legislação do país para ter conhecimento
sobre meus direitos e assim poder garantí-los quando é preciso. Não importa se você é
intercambista, cidadão
europeu ou apenas turista; todos as pessoas tem direitos se viajam legalmente.
Conhecer as leis do país em que
escolheu viver é fundamental, afinal, você será um cidadão pelo tempo que estiver ali.
Como morei um ano na Irlanda e outro na itália, e estou morando há seis
meses em Malta, consegui identificar aspectos culturais semelhantes entre eles
que considero negativos, e que me serviram como amadurecimento. São alguns deles: sexismo, higiene,
xenofobia, humor, dentre outros.
Você deve estar se perguntando: minha nossa! Essa garota está realmente
desiludida com a Europa. Por que então
ela não volta para o
Brasil?”
Respondo o que já havia escrito anteriormente: meu intiuto é expor tudo
aquilo que considero ruim para alertar meus conterrâneos. Informações bonitas e fofas a
respeito dos países em que vivo e estou vivendo estão em
todos os lugares, listadas inclusive (ex.:“10 Razões para Morar na Dinamarca”) – Bullshit!
Por isso também que presto um serviço de conscientização gratuita pois informações genuinamente
honestas sobre os países me fizeram e ainda me fazem muita falta. Acredito que
muitos sentem o mesmo.
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